É conhecido que desde a antiguidade se realizavam levantamentos do povo judaico para fins de recrutamento para a guerra (Bíblia Sagrada). Na Idade Média destacaram-se os árabes, fazendo recolha numérica das cidades que dominavam, contando as suas populações, fábricas e espécies de produtos para controlo das suas conquistas territoriais.
A partir do século XVI começaram a surgir as primeiras análises sistemáticas de factos sociais, como baptizados, casamentos funerais, originando as primeiras listas de dados e tabelas. De acordo com a Revista do Instituto Nacional de Estatística da Holanda, Hernamn Conring, Gottfried Achenwall, Johann Peter Süssmilch, John Graunte William Petty já receberam a honra de serem considerados fundadores da estatística moderna por diferentes autores.
Alguns autores dizem que é comum encontrar como marco inicial da estatística a publicação do “Observations on the Bills of Mortality” (1662) de John Graunt.
As primeiras aplicações do pensamento estatístico estavam voltadas para as necessidades de Estado na formulação de políticas públicas, fornecendo dados demográficos e económicos.
A abrangência da estatística aumentou no começo do século XIX para incluir a acumulação e análise de dados de maneira geral. Hoje, a estatística é largamente aplicada nas ciências naturais, sociais, na administração pública e privada.
Os seus fundamentos matemáticos foram postos no século XVII com o desenvolvimento da teoria das probabilidades por Pascal e Fermat, que surgiu com o estudo dos jogos de azar.
O método dos mínimos quadrados foi descrito pela primeira vez por Carl Friedrich Gauss, cerca de 1794. Mais recentemente, o uso de computadores tem permitido o tratamento de dados estatísticos em larga escala e também tornaram possível a utilização de novos métodos antes impraticáveis.
O termo estatística surge da expressão em Latim statisticum collegium, palestra sobre os assuntos do Estado de onde surgiu a palavra em língua italiana statista, que significa “homem de estado”, ou político, e a palavra alemã Statistik designando a análise de dados sobre o Estado.
A palavra foi proposta pela primeira vez no século XVII, em latim, por Schmeitzel na Universidade de Lena e adotada pelo académico alemão Godofredo Achenwall.
Aparece como vocabulário na Enciclopédia Britânica em 1797 e adquiriu um significado de colecta e classificação de dados, no início do século XIX.
Os dois volumes de Apontamentos de Estatística apresentam a instrução estatística e a sua aplicação prática.